
Pelo segundo ano consecutivo, a União de Leiria entrou em campo de mãos dadas com a campanha de sensibilização do Laço Azul, promovida pela Rede de Parceiros de Leiria. “Maus tratos a crianças e jovens: Silêncio??? Não!!!’ é o mote da iniciativa que pretende alertar a comunidade para uma problemática que infelizmente ainda é uma realidade.
A iniciativa começou na fanzone Porta10 com uma exposição de laços azuis e vários trabalhos dedicados à campanha, estendendo-se às portas de entrada do estádio com a distribuição de laços azuis e a história do Laço Azul.
Poucos minutos antes do apito inicial, a acção de sensibilização ganhou força com a entrada das equipas acompanhadas de crianças e laços azuis. Depois do alinhamento, os jogadores da União de Leiria fizeram a habitual fotografia do onze com as crianças e vários laços.
Durante o jogo, a campanha foi destacada pelos apanha-bolas, equipados de azul.
Já ao intervalo, a mensagem contra a violência das crianças ganhou vida através da arte da dança da Attitude Dance Studio e da música do grupo 7’O Street.
Esta é a 15.ª campanha de prevenção realizada pela Rede de Parceiros de Leiria no âmbito da promoção dos direitos das crianças e da prevenção da violência interpessoal ao longo da vida.
A Rede de Parceiros de Leiria é composta por: Instituto Português do Desporto e Juventude, Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida, Unidade de Saúde Pública, Agrupamento de Escolas Henrique Sommer, União de Freguesias de Marrazes e Barosa, Município de Leiria, Segurança Social, Ministério Público, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Lar Santa Isabel, Centro Hospitalar de Leiria, CPCJ, Mulher Séc. XXI, CNE – Junta Regional de Leiria-Fátima, Ordem dos Médicos, Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, entre outras.
História do Laço Azul
A campanha do laço azul iniciou-se em 1989, na Virgínia, EUA, quando uma avó, Bonnie W. Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro para fazer com que as pessoas se questionassem.
A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que a interpelaram foi trágica, contando episódios de maus-tratos de que a sua neta foi vítima. O seu neto já tinha sido morto por maus tratos, de forma brutas.
E porquê azul? Porque apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos.
O azul servir-lhe-ia como um alerta constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus tratos.
A história de Bonnie Finney demonstra-nos como o efeito da preocupação de um único cidadão pode ser eficaz no despertar das consciências da população relativamente aos maus tratos contra as crianças, na sua prevenção e na promoção e proteção dos seus direitos.
“O azul funciona para mim como um constante lembrete/ alerta para lutar pela proteção das crianças”, afirmou Bonnie W. Finney.
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